Recentemente foi publicado um consenso de algumas sociedades que fala sobre as lesões pré-invasivas vulvares.
Sabemos que, no passado, cirurgias grandes eram realizadas no intuito de erradicá-las, mas, felizmente, atualmente tratamentos mais conservadores e individualizados são preconizados visando preservação da anatomia e manutenção da qualidade de vida e função sexual.
Muitas dessas pacientes se apresentarão com prurido, irritação, dor ou sangramento e em alguns casos será um achado no exame ginecológico de rotina.
Vou destacar algumas considerações importantes feitas nesse documento:
– O tratamento do líquen escleroso com corticóides é recomendado após excisão de uma lesão pré-invasiva;
– Mulheres com lesão de alto grau vulvar (HSIL) por HPV merecem investigação do colo, vagina, região perianal e anal;
– Imiquimode deve ser considerado como opção terapêutica para preservar anatomia vulvar em pacientes com HSIL vulvar;
– Se optar pelo tratamento conservador, múltiplas biópsias devem sem feitas para excluir invasão;
– O acompanhamento dessas pacientes deve ser para a vida toda!
A avaliação periódica é fundamental nesses casos porque infelizmente as chances de recorrências são altas. A vacina contra HPV pode evitar muitas lesões pré-invasivas causadas por este vírus!
