Sabemos que os procedimentos excisionais no colo uterino podem aumentar a morbidade reprodutiva (como o maior risco de parto prematuro) e esse risco está diretamente relacionado às dimensões do cone retirado.
Embora o tamanho do espécime retirado seja amplamente usado por ginecologistas e patologistas, existe uma falta de consenso sobre a nomenclatura para descrever estas dimensões.
Assim, este ano, foi publicada uma terminologia sugerida pelo Comitê de Nomenclatura da Sociedade Europeia de Ginecologia Oncológica (ESGO), Federação Europeia de Colposcopia (EFC), Federação Internacional de Patologia Cervical e Colposcopia (IFCPC) e Sociedade Europeia de Patologia (ESP).
Esta terminologia propõe que as dimensões descritas sejam: diâmetro transverso (3à9h), anteroposterior (6à12h) e comprimento (distância entre a margem ectocervical e endocervical). Essas medidas devem ser informadas no pedido histopatológico pelo ginecologista e descritas no laudo pelo patologista para o devido aconselhamento futuro da paciente.